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Raras vezes uma batalha teve um impacto tão determinante como o confronto entre marroquinos e portugueses na batalha de Alcácer Quibir. Para Portugal o desastre significou a perda da independência e o fim do primeiro império europeu fora da Europa. O rei português, D. Sebastião, tem sido desprezado por uns como um quase imbecil ou doente mental e por outros idolatrado como uma espécie de messias português. Se muito já foi feito para perspectivar uma visão menos comprometida sobre o monarca, já sobre a batalha de Alcácer continuamos a tropeçar em opiniões e análises recorrentes, velhas de mais de meio século. A campanha de Alcácer Quibir encerra erros. Mas pouco se tem referido do extenso planeamento desta intervenção militar, que se iniciou com a profunda reforma das instituições militares encetada por Dom Sebastião e cujas formas de recrutamento e mobilização serão aproveitadas para o esforço de guerra na Restauração, e das formas de combate, a par dos modelos Europeus mais avançados, que faziam parte do desenvolvimento da arte militar no Portugal de Quinhentos.
Livro inovador, de um especialista desta época, investigador reconhecido e premiado, esta descrição da batalha de Alcácer Quibir apresenta uma visão bem diferente das descrições clássicas, baseado no conhecimento profundo do autor da arte da guerra no século XVI e da sua aplicação tanto na Europa como sobretudo em Portugal.