جزییات کتاب
«As palavras ríspidas proferidas neste livro acerca de algumas das principais figuras intelectuais da humanidade não são motivadas, quero crer, por um qualquer desejo meu de as diminuir. Nascem antes da minha convicção de que, para que a nossa civilização sobreviva, temos de quebrar o hábito da deferência para com os grandes homens. (…) [Este livro] Esboça algumas das dificuldades que a nossa civilização enfrenta – uma civilização que podia talvez ser definida por almejar a humanidade e a razoabilidade, a igualdade e a liberdade; uma civilização que está ainda na sua infância, por assim dizer, e que continua a crescer apesar do facto de ter sido muitas vezes traída por tantos dos próceres intelectuais da humanidade. O livro tenta mostrar que esta civilização ainda não se recompôs por completo do choque do seu nascimento – a transição da sociedade tribal ou “fechada”, com a sua submissão a forças mágicas, para a “sociedade aberta”, que liberta os poderes críticos do homem. Tenta mostrar que o choque dessa transição é um dos fatores que tornam possível a ascensão desses movimentos reacionários que têm tentado, e continuam a tentar, derrubar a civilização e regressar ao tribalismo. E sugere que aquilo a que hoje chamamos totalitarismo pertence a uma tradição que é tão velha, ou tão nova, quanto a nossa própria civilização. Tenta, deste modo, contribuir para a nossa compreensão do totalitarismo e do significado da luta eterna contra ele.» Karl Popper
Este livro, originalmente publicado em língua inglesa em 1945, é geralmente apontado como um dos mais importantes do século XX. Surge invariavelmente nas listas internacionais dos 25 mais influentes, muitas vezes também nas listas dos 10 livros que mais profundamente marcaram, e mudaram, o século XX. (...) foi aplaudido por filósofos, políticos e estadistas de várias inclinações políticas democráticas, ao centro-esquerda e ao centro-direita. Isaiah Berlin considerou que a crítica nele contida ao marxismo fora a mais devastadora jamais produzida.