جزییات کتاب
Aproxima-se o centenário das aparições de Fátima, em 2017. E, com ele, o tricentenário do encontro da imagem da Imaculada Conceição Mãe Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil. É, portanto, bastante oportuno voltarmos os olhos para a Medianeira de todas as graças e escutarmos atentamente Suas mensagens para o nosso momento histórico. Ao longo do texto, insistimos na existência de uma parceria real e efetiva entre Deus e os homens no curso da História, quer como pessoas, quer como nações. “E Maria, Mãe de Deus feito homem e de todos os homens, não só como Rainha de toda a criação, mas como Mãe do Povo de Deus, (...) elevada e coroada no céu, não deixa de ser envolvida na história do Povo de Deus, que é a história da luta entre o bem e o mal”(Cf. São João Paulo II). Trata-se de uma relação efetiva e real, de um contrato, ou aliança, viva e dinâmica, de duas mãos e perceptível e identificável no curso da História, que exige ações e compromissos de ambos os lados, como podemos acompanhar claramente pelos acontecimentos históricos de Fátima. O nosso compromisso na Aliança é o de amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Não há e não pode haver amor a Deus se não houver amor ao próximo, pois este é a consequência necessária e a realização mesma do amor a Deus. Neste momento da História, é impossível esconder, camuflar, e sem grave desvio, ignorar as gritantes desigualdades entres nações, povos, etnias, crenças, classes sociais, etc. etc. O pecado humano hoje é coletivo! E exige correções coletivas! Correções essas que envolvem toda a Comunidade Mundial! Requer ações e providências conjuntas de Governantes e Governados no mundo inteiro. Não basta parar de cometer as mesmas afrontas e injustiças em que estamos mergulhados. É preciso repará-las! É preciso ações contundentes de retratação e restauração dos danos provocados! Ações paliativas e pontuais não resolverão os atuais problemas do mundo. É preciso disponibilizar água ao que tem sede; alimento ao que tem fome; tratamento e remédios ao enfermo; vestimentas ao que está nu; acolhida ao estrangeiro migrante; e condições de regeneração e reinserção social aos encarcerados (Cf. Mt 25,34-40). Esse é o projeto e o programa de construção do reino do céu na terra. É preciso reencontrar Deus, levá-Lo a sério, acolhê-Lo pelo Que É: a única possibilidade de realização do pleno potencial do ser humano e da construção da sociedade de amor neste mundo! E não há outra. Só Ele pode nos conduzir à plenitude da vida, que tanto almejamos! Recusar Sua amizade, a todos oferecida, é recusar o progresso, o aprimoramento de nosso ser em direção à perfeição, beleza, inteligência, sabedoria, felicidade, e também ao conhecimento e prazer infinitos, que só serão alcançados em definitivo na vida após a morte. Recusar Deus é recusar a vida!